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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ictio (Doença dos pontos brancos)



Foto: Chilternkoi.baxx

Agente etiológico: Ichthyophthirius multifilis
Fisiopatologia: A contaminação de um aquário sadio se dá pela introdução de um hospedeiro, que na maioria dos casos, pode ser um peixe aparentemente com saúde, pedras e/ou cascalho e, é claro, a água, proveniente de outro aquário, tanque, ou loja de peixes. Cistos de Íctio já foram encontrados, também, em plantas aquáticas, alimentos vivos, e outros animais aquáticos. Atenção especial também às redes e puçás de captura, e demais objetos usados em aquariofilia que entrem em contato com a água e permaneçam molhados.
A temperatura contribui decisivamente para o aparecimento e desenvolvimento do Íctio. Isto explica porque uma epidemia ocorre sempre que peixes tropicais (infestados) são mantidos em temperaturas muito baixas ou, em alguns casos, peixes de água fria (também infestados) em temperatura mais alta. Pelas mesmas razões, a maioria das infestações por Íctio em peixes tropicais parece ocorrer, com mais freqüência, nas estações mais frias ou quando os mesmos são manipulados indevidamente, sem considerar a temperatura.
Pequenos pontos brancos (1mm de diâmetro) em todo o corpo do peixe: boca, nadadeira anal, dorsal, opérculos, nadadeira peitoral e etc. Esses pontos brancos não são o parasita, são os cistos, ou melhor as feridas causada por eles. Depois que o parasita se desenvolveu bastante o peixe fica com uma espécie de "cordão" branco, onde solta milhares de novos parasitas para contaminar outros peixes.
São organismos grandes, unicelulares, móveis, com formato esférico a oval tendo seu maior diâmetro entre 0,05 – 1mm. Toda sua superfície é ciliada. Seu macronúcleo possui a forma característica de ferradura. Os parasitas vivem em cistos na hipoderme onde seus movimentos rotatórios podem ser observados. Em alguns casos, a infestação é limitada as brânquias. A partir dos movimentos rotatórios o parasita se alimenta de partículas epiteliais e fluidos teciduais do hospedeiro. As manchas e pintas brancas que são comumente observadas são chamadas de terontes e são parasitos ou grupos de parasitas encistados, não suscetíveis a droga antiprotozoárias. Com o crescimento do protozoário o teronte aumenta de volume, rompe e libera o parasita, chamado trofozoito que passa a viver sobre a pele ou brânquias do peixe. Posteriormente dirige-se ao fundo do aquário, onde adere-se em objetos como cascalho ou tubulação, encapsula-se em uma gelatina. O trofozoito aderido sobre mitoses internas, produzindo numerosos indivíduos jovens ou tomites. Dentro de um período de 18 a 21 horas (em 23 a 25ºC) de 250 a 1000 de tomites ciliados são produzidos, sendo libertados para a água. Eles nadam ativamente e caso encontrem algum hospedeiro penetram na pele e dilatam-se formando cistos e desenvolvendo-se em novas formas adultas. Caso não encontrem um hospedeiro morrem em cercas de 48 horas. O ciclo é completado em 10-14 dias em cerca de 22º C até 21 dias para temperaturas mais baixas
A anemia causada faz uma diminuição da atividade dos peixes, seus movimentos ficam menores e suas nadadeiras fechadas. Os parasitas causam muita coceira, e o peixe procura qualquer coisa para ficar se coçando. Na fase mais aguda, eles perdem a vitalidade, ficando parados no fundo.


Foto: Aquanubis

Tratamento: a) Elevar a temperatura do aquário para 30 graus.
b) Aplicar um parasiticida de ação rápida ( Azul de metileno,Ictio [Labcon] ).
c) Sal grosso (15g /10 litros) por uma semana (Não usar em coridoras e peixes de
couro).
d) Desligar as luzes do aquário durante o tratamento.
e) As formas encistadas (no hospedeiro e no substrato) são resistentes à maioria dos
remédios. Os tomitos são vulneráveis à temperaturas acima de 29 ºC e
a remédios a base de cobre.

12) Saprolegnose (Mofo dos peixes)

Foto: Protist.i.hosei

Agente etiológico: Saprolegnia sp.
Fisiopatologia: Fungo que ataca preferencialmente peixes feridos e debilitados.
Manchas brancas ou tufos semelhantes a algodão no corpo dos exemplares.


Foto: Aquarium.it

Tratamento: a) Banho prolongado (4 dias) no exemplar em um aquário/hospital com sal marinho
10g/litro d'água. Para reforçar o tratamento, mergulhe-o duas vezes ao dia numa
solução de sal marinho 25g/ litro d'água.

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